Duas obras viárias praticamente iguais, lançadas pelo governo federal, vivem situações opostas. O ritmo de construção da BR-163 (MT) é parecido com o que a estrada pretende ser, uma pista de alta velocidade. Já na BR-101 (AL) é o oposto: um eterno para e anda.
A história da BR-101 é um exemplo clássico da precária condução de obras públicas no país. O governo decidiu duplicar a rodovia no Nordeste em 2005, mas a contratação da obra só saiu em 2009, devido à lentidão do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes).
Mesmo com esse atraso, o consórcio vencedor iniciou os trabalhos de duplicação de dois lotes -78 km- sem que estivesse concluído o projeto definitivo, que deveria ser feito por outro órgão, o Centran.
Quando partes do projeto eram entregues, eram necessárias mudanças, gerando aditivos que encarecem a obra. Além disso, cada acréscimo gerava uma parada à espera de aprovação.
Fiscalização do TCU (Tribunal de Contas da União) apontou que, como estava sendo feita, a obra de R$ 603 milhões em Alagoas tinha sobrepreço de R$ 42 milhões.
Nesses casos, o TCU determina que o órgão público baixe o valor do contrato ou pare a obra para evitar o desvio de recursos públicos. Mas, para mudar o contrato, é preciso a concordância da empresa, e o consórcio vencedor não aceitou. Para ele, não havia sobrepreço. Mais...
Fonte:http://www.circuitomt.com.br
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